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Aprenda a posicionar e ajustar suas caixas de som

Aprenda a posicionar e ajustar suas caixas de som

Você já aprendeu a diferença entre sistemas de áudio e a importância de um som com qualidade para seu home theater, agora entenda a melhor localização e as diferenças entre caixas acústicas.

O impacto pretendido nas modernas trilhas sonoras do cinema, literalmente migradas para o ambiente doméstico, via áudio digital, só é possível ser alcançado pela qualidade e instalação corretas

O som digital no cinema, seja ele Dolby ou DTS, oferece uma miríade de possibilidades aos sonoplastas dos estúdios para a realização de efeitos especiais de áudio, mixagem e deslocamento do som, através do ambiente de audição.

Isto é possível nas recentes trilhas sonoras por causa do número de canais discretos e da maneira como esses canais são dispostos na sala de exibição e/ou no home theater.

Basicamente, ele consiste de três canais frontais, formando o chamado “front stage”, dois ou três canais surround, formando o “surround soundfield”, e um subwoofer (o “.1″ das trilhas sonoras).

Cada um desses canais exigiria, por causa das características das salas domésticas, de tipos de alto-falantes diferentes, para que o máximo rendimento possa ser obtido. Mas, antes de instalar, é bom saber um pouco sobre as características dos alto-falantes mais usados nas instalações de áudio.

Todo e qualquer alto-falante tem uma característica própria de dispersar a onda sonora. Fisicamente, o som é resultado da pressão das moléculas de ar, resultante do movimento de pistom, neste caso, de um cone, que serve de transdutor de um sinal elétrico, que alimenta o alto-falante. De acordo com a tecnologia usada para construir o alto-falante, ele pode ser basicamente os seguintes tipo de dispersão:

1 — Radiação direta: é o tipo mais comum de alto-falante e de caixa acústica. Ele dispersa o som para frente, em um ângulo que varia com o tipo de alto-falante e com o tipo de cone.

2 — Dipolares: caixas dipolares dispersam o som para frente e para trás, mas as duas ondas sonoras resultantes estão fora de fase uma em relação à outra.

 

 

3 — Bipolares: são quase idênticas às caixas dipolares, dispersando o som para frente e para trás, porém as duas on

das sonoras estão em fase uma com a outra, e na forma de um 8. A dispersão no caso pode ser lateral ou contra a parede, de acordo com as características de design e aplicação das caixas.

 

 

4 — Omnipolares: a grande vantagem da configuração omnipolar é que a dispersão se dá em praticamente todas as direções. O som é irradiado para frente, para trás e para os lados. A eficiência desta dispersão, entretanto, depende muito da maneira como a caixa omnipolar é desenhada. Por outro lado, as omnipolares têm aplicação em praticamente todas as instalações de áudio, irrespectivamente da sua colocação no ambiente.

 

Para aplicação em home theaters, várias combinações são possíveis. Idealmente, as caixas omnipolares, bipolares e dipolares devem ser preferidas, nesta ordem, para instalação e ajuste do campo sonoro surround (?surround soundfield?), por causa do aumento relativo de dispersão entre elas.

Caixas de radiação direta convencionais são adequadas para os canais frontais direito e esquerdo, mas não para o canal central. Neste tipo de caixa, dois alto-falantes para graves e médios (woofer/mid-range) são montados lateralmente a um alto-falante para agudos (tweeter), de forma a que a simetria entre os dois lados da caixa seja mantida.

Esta simetria é importante no canal central, para que haja uniformidade de dispersão, no palco imaginário (soundstage frontal) criado pelas três caixas da frente.

 

Em qualquer hipótese, a instalação de caixas pelo ambiente deve sempre levar em consideração que o som irradiado chega primeiro ao ouvinte, na proporção de 30% do som da fonte, seguido, com ligeiro retardo, de 70% do mesmo sinal, porém refletido nas paredes adjacentes, como mostra o seguinte diagrama:

O posicionamento de caixas acústicas próximo de paredes ou obstáculos deve ser evitado, sempre que possível. Paredes em particular, tendem a dar reforço às freqüências mais baixas, com ênfase exagerada nos graves.

O posicionamento das caixas frontais direita e esquerda pode e deve seguir a tradicional do “triângulo eqüilátero”: calcula-se a distância entre as caixas em função da distância das caixas ao ouvinte, formando assim um triângulo.

No caso de um home theater, o canal central deve ficar mais atrás, formando um arco com as caixas frontais. Se isso não for possível, torna-se obrigatório fazer um ajuste de retardo (”delay”) das caixas frontais no decoder, o mais preciso possível.

Este ajuste e o posicionamento das caixas estará correto quando o som reproduzido estiver uniforme, ao longo da extensão de todas as queixas, produzindo a sensação de um palco imaginário.

O posicionamento dos canais surround temcomo base a posição da cabeça dos ouvintes e principalmente a altura da parede onde as caixas serão instaladas. E embora não exista uma regra absoluta, o ideal seria medir a altura da parede e instalar a caixa em cerca de 2/3 da mesma, a partir do chão.

Caixas de radiação direta, se instaladas, devem apontar uma para outra (paredes opostas). Caixas dipolares, bipolares e omnipolares devem ser instaladas de acordo com as instruções do fabricante.

Ajustando o subwoofer

Finalmente, o posicionamento do subwoofer, seja ele de que tipo for, pode ser feito em qualquer localização frontal ou traseira, já que o ouvido humano é incapaz de localizar os sons graves. Devem-se evitar cantos e proximidade de paredes, se possível. A calibração deste tipo de caixa é complexa, e não será comentada neste artigo.

O subwoofer deve ser colocado no chão da sala, mas nunca de maneira a interagir com as paredes próximas, caso contrário irá reforçar os sons graves em demasiado, e produzir um som artificial. Uma maneira razoável de saber se o subwoofer está funcionando corretamente é observar se a reprodução de voz adquire um tom anasalado, ou se a reprodução de graves torna o resto do áudio pouco definida.

Se for o caso, deve-se corrigir o volume do amplificador do subwoofer e/ou mudar o corte de freqüência no crossover do decoder, lembrando que quanto mais alto for este corte, maiores são as chances de se obter um som grave que interfere nos médios-graves, anasalando as vozes, como já citado. Outros detalhes de ajuste não serão comentados neste artigo

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